08/06/11

Hoje é dia

De ir correr :)
O meu PT já me mandou um SMS a perguntar: "pronta pra correr?"
Logo ás 19h lá vamos nós, correr os habituais 5 kms - alternando com caminhada que eu ainda não estou muito enferrujada. Mas cada dia que passa eu sinto melhorias, consigo correr sempre mais e durante mais tempo seguido. Eu pareço uma finória a correr com o seu PT ao lado. Ele dá-me dicas para respirar, manda-me abrandar ou acelerar e até dicas sobre como posicionar os braços. É o máximo o meu PT.

Mas vá, agora tenho que confessar que hoje fiz uma big asneira.
O meu marido (ou ex-marido, para ser + precisa) hoje ligou-me para falarmos de umas coisas. Sentiu-me em baixo e perguntou se estava tudo bem. Eu disse que me sentia um pouco deprimida e triste, que precisava deitar cá para fora muita coisa e que até gostava de falar com ele, pois foi sempre com ele e apenas com ele que eu falei de mim. Respondeu-me que não era a pessoa indicada. Que procurasse alguém. Ora bem, ele sabe que eu (erradamente) me afastei de tudo que era amigos em prol da familia e da casa. Vou procurar um psicologo querem ver?
O meu PT é muito bom menino mas eu não quero falar disso com ele. Ele já está a ajudar-me muito, incentivando-me e sacrificando-se para ir correr comigo. Não vou maça-lo com dramas do casamento.
Enfim. Sofre-se muito, sabiam?
Bom e asneira foi comer uma francesinha no prato e beber uma diesel :( Eu ia comer uma salada mas a minha colega pediu francesinha e eu tinha acabado de falar com aquele palerma, estava triste, desiludida, enraivecida e tudo e tudo...

Agradeço imenso a todas que me têm apoiado nesta fase tão complicada. Vocês têm-me ajudado muito e neste momento vocês estão cá dentro ♥♥♥

06/06/11

Custa, custa muito...

Mas eu estou a aprender a gostar de...CORRER!
Nunca pensei mas hoje foi a 3ª vez que fui correr(alternando com caminhada) e apesar de ainda ter muita vergonha, de achar que tudo em mim abana, de ter a sensação de quem me vê, pensa logo: "olha uma baleia a correr", eu estou a desafiar barreiras. O meu corpo pesa e correr com ele não tem sido fácil. Mas cada dia consigo correr mais um pouco.
Tenho um amigo que se ofereceu para ser meu PT e tem-me acompanhado e dado todo o apoio para que eu não desista. Apesar de eu saber que para ele é uma seca correr comigo, pois ele está em boa forma fisica e está habituado a correr muito e tem que me acompanhar a passo de caracol, não tem desistido e garantiu-me que daqui a 2 meses eu vou conseguir correr 5 kms seguidos. Será?
O que é certo é que a corrida tem-me ajudado a esquecer os problemas e a dor.
Quando chego em casa do trabalho como uma peça de fruta e equipo-me logo. Assim não enfardo comida como andava a faze-lo. Para mim essa é a hora do demónio, das tentações e saír de casa para correr, livra-me desse pecado.
Depois da corrida, tomo um duche e coloco óleo de tiaré no corpo. Sinto-me leve, fresca e hidratada :)
Só depois é que preparo o jantar e depois de ter sofrido tanto a correr, eu penso duas vezes antes de meter porcarias á boca.
Hoje preparei um empadão tricolor, com puré de batata, puré de cenoura, espinafres cozidos e frango esfiado e refogado. Estava divinal mas não abusei. Depois comi melancia. Senti-me bem e só espero que me mantenha ajuízada durante muito tempo.
Estarei no bom caminho?
Vá, eu mereço isso.

01/06/11

Eu também já fui criança

Incrivel quando penso nisso.
O tempo passa tão rápido.
Hoje as minhas crianças foram passar este dia na praia. Estavam numa euforia louca e tiveram até direito a bikini e roupas novas. E lá tive que espalhar o protector solar pelo corpinho todo e no cabelo. Que cheirinho a Verão!
Apetecia-me ir com elas e voltar a ser criança de novo. Feliz e despreocupada.
Sou da colheita de 71, nascida e criada numa aldeia onde toda a gente se conhecia e todas as crianças brincavam na rua, livres e soltos.
Íamos para a escola a pé, embora esta ficasse a 2km de casa. Ou tinhamos aulas de manhã ou de tarde e o tinhamos o resto do dia para brincar e fazer os "deveres". Eu fazia parte da turma da tarde. As aulas começavam ás 13:30h e terminavam ás 18:30h e lá vinhamos nós ás escuras, pelo meio dos campos e caminhos de terra batida, onde nem luz pública havia. Era uma diversão pois passavamos o tempo a pregar sustos uns aos outros. Quando chovia e não tinhamos levado guarda chuva é que os pais nos vinham buscar, também a pé.
Chegados em casa tinhamos sempre o fogão de lenha aceso e pão torrado no forno e barrado com "planta".
Viamos o programa "Animação" com Vasco Granja (quem se lembra?) ou outro desenho animado qualquer. Naquele tempo só tinhamos 2 canais de TV e um deles (RTP2) só abria á tarde.
Ao jantar comiamos sempre sopa, e depois tinhamos sempre um jantar feito com produtos cultivados pela familia e as galinhas, a vitela, o porco, o coelho, toda  a carne que comiamos era criada no campo e ao ar livre, ou pelos meus pais que embora tivessem a sua profissão, também se dedicavam á horta e aos animais nos tempos livres, ou então pelos meus tios, irmãos do meu pai que eram todos agricultores. Por isso eu e e os meus irmãos nunca fomos gordos e sempre tivemos uma alimentação saudável. Havia sempre fruta na árvore e até a água do poço era potável.
No fim de jantar vinhamos brincar sempre para a rua com os vizinhos, e quando os nossos pais nos chamavam para tomar banho e ir dormir, estavamos todos pretos da terra.
De manhã acordavamos cedo e faziamos os trabalhos de casa. Depois brincavamos até á hora do almoço.
Nas férias grandes não iamos de férias para lado nenhum. Ninguém ia e também ninguém fazia questão. Eram 3 meses de liberdade total.
Como o meu pai trabalhava durante a noite e a minha mãe durante o dia, nós tinhamos a manhã por nossa conta. Saltavamos da cama ás 8h e iamos para o monte, andar de bicicleta, trepar árvores, correr, pular, sujar-nos... Tinhamos que regressar para almoçar e á tarde costumavamos ir com o meu pai ajudar os tios e avós nos campos. Lá iamos todos felizes deitados no carro de bois da avó e levavamos os nossos (escassos) brinquedos para brincar debaixo das ramadas. Para o lanche o meu pai preparava-nos fruta e pão com geleia ou compotas de fruta feitas pela minha mãe. Depois a avó ou as tias traziam a merenda para todos: pataniscas, bolinhos de bacalhau feitos pela avó, azeitonas, tremoços, rosquilhos (que saudades dos rosquilhos), broa caseira, etc.. etc..
Para nós crianças aquilo era a felicidade total. Qual playstation, consolas, telemóveis, brinquedos caros. A gente era feliz com pouco. Andar descalça na terra, na erva do campo, correr no meio dos campos de papoilas e camomila. Jogar ao pião, á macaca, ao mata, ao "aqui vai alho", com carrinhos de rolamentos e com pneus.
Corriamos atrás das borboletas, coleccionavamos papelotes dos rebuçados e acreditavamos no Menino Jesus. Era ele que nos trazia as prendinhas de Natal. Aliás, A prendinha. Era só uma. Os avós, os tios, os primos, os pais, os padrinhos, ninguém oferecia prendas de Natal,apenas o Menino Jesus. Colocavamos um sapatinho na chaminé e iamos para casa dos avós. Só mais tarde percebiamos porque a minha mãe dizia que se esquecia sempre de algo e voltava sempre para trás. Claro, a prendinha tinha que lá estar quando voltassemos dos avós. O Menino Jesus era muito pontual e chegava sempre á meia noite.
A casa da avó era em pedra e o chão em madeira que rangia com a correria dos netos todos. A cozinha estava sempre carregada de fumo devido á lareira onde as tias conversavam enquanto faziam cevada. Os homens fumavam um charuto e jogavam cartas, enquanto bebiam vinho do porto. Nós, crianças jogavamos ao pinhão ou ás cartas. Os doces eram os tipicos e o bacalhau com batatas e couves não podiam faltar. Á meia noite a minha avó vestia o seu xaile preto e perguntava quem a queria acompanhar á missa do galo. Eu ia sempre. Só para estar mais tempo com ela. E dava-lhe a mão. Apertava-a com força, com medo que ela me fugisse. Ela olhava-me com uma ternura infinita e eu achava-a a avó mais bonita e amorosa do mundo.
Eu era feliz e sabia. Eu amava aquela casa velhinha, o cheiro a fumo, canela, cevada e a pinhas queimadas.
Amava quando lá dormia numa cama em ferro, muito antiga, com lençois impecavelmente brancos e bordados á mão. Cheiravam a alfazema e eu fechava os olhos e adormecia de felicidade. Quando me levantava de madrugada para ir á casa de banho, tinha que passar na varanda pois todos os quartos tinham saída directa para a varanda, e via o nascer do sol, atrás dos montes. Aquelas cores mágicas, aliadas ao cheirinho da manhã, ao cantar do galo, á brisa matinal, deixavam-me embasbacada e por vezes ia acordar a minha prima que também dormia lá, para ver aquele cenário. Minha avó levantava-se muito cedo pois tinha que levar as vacas a tirar o leite e ria-se das tontas das netas, acordadas aquela hora a admirar a beleza do nascer do dia. Nós pediamos-lhe para ir com ela e como nunca nos negava nada, lá iamos todas felizes, ás 6:30h da manhã para um posto de leite, onde só haviam idosos, cheiro a vacas e conversas de adultos. Eu era apaixonada por aquela vida, pelo contacto com a natureza e pela proximidade com a minha avó. Tinha e tenho um medo terrivel das vacas mas nem isso me detia.
Claro, que só dormia e passava dias na casa da avó quando estava de férias, mas muitas vezes magoei os meus pais pedindo-lhes que me deixassem ir viver para casa dela.  
Lá, eu tinha os patos, as galinhas, os perus, as vacas, as ovelhas, os cães, os gatos, os pássaros, o tanque grande onde nadavamos e também lavavamos roupa, o palheiro onde nos divertiamos a saltar em cima da palha e a procurar ovos das galinhas.
Ai, ai,  o tempo passa, mas a saudade fica. E este post já vai muito longo. Sorry, entusiasmei-me.
Até amanhã amigas. Obrigada pelo apoio e pelas mensagens de força, no post anterior. Eu hei-de sobreviver.
Entretanto digo-vos que estou de volta á luta contra os quilos.

31/05/11

It must have been love but it's over now

E este é o motivo da minha ausência.
Está a custar horrores, mas há-de passar.
Não sei quando, nem como. Mas vai passar.
E pensar que vivemos um amor tão lindo, tão forte...
Eramos aquele tipo de casal que causava uma certa inveja, pois tudo em nós funcionava ás mil maravilhas.
Nada faria prever. Era daquele tipo de amor que juravamos que iria ser eterno.
Mas acabou. Nada restou. Apenas um vazio. No coração, em casa, na cama...
E neste momento não tenho cabeça para mais nada.
Devo ter engordado, pois não penso em nada, apenas em sobreviver e em fazer mil e uma coisa para esquecer e anestesiar a dor.
É isso minha gente. O amor é eterno...enquanto dura!

17/05/11

Preciso de um tempo

As coisas não estão fáceis para estes lados.
Muito sofrimento e muitas angústias.
Eu julgava que agora nada me faria voltar ás compulsões. Acha que tinha vencido e que mesmo com uma avalhanche de coisinhas más eu iria desabar!
Pois! Julgava eu.
Mas eu também não sou de ferro.
Atinjo a 1ª meta. Festejo. Fico orgulhosa. E depois?
Depois vieram as decepções, as tristezas, as angústias, a depressão e a COMPULSÃO!
Estes últimos dias comi: bolachas de chocolate, bolos, pizzas, hamburguers, fritos,etc. etc..
Mas passou. Agora já me sinto novamente pronta para RECOMEÇAR.
Nem me vou pesar pois sei bem (sinto bem) que engordei.
E se o meu lema era "jamais recuperar o peso perdido", sinto-me frustrada. Uma fraude. Enfim.
Não vale a pena chorar sobre o leite derramado.
Agora é hora e arregaçar as mangas e remediar os estragos.

Sabem quanto pesava hoje de manhã????
87,200!!!!
Enfim.
E quero eu receber o Verão (21/06) com 78 kgs! Keep dreaming darling!
Bem. Desculpem se vos desiludi.
Eu que parecia tão forte e lutadora. Quem diria. Nem eu imaginava que tal voltasse a acontecer.
Se existe tratamento para a dependência da droga, do alcóol, também deveria haver para os distúrbios alimentares.
Que tal fundarmos a CAA - Compulsivos Alimentares Anónimos? :)

Agora que me confessei - andava com vergonha de vos falar disso - já me sinto aliviada e pronta para o ataque.
E claro, vou avançar com o DESAFIO VERÃO.
A Baleia está de volta!

11/05/11

E ontem

Dei inicio ao meu desafio  "Preparação para o Verão"

As regras estão no separador, bem como os menus diários, durante 43 dias, até á chegada oficial do Verão.

O objectivo é chegar aos 78 kgs no dia 21 de Junho.

A ver vamos.

E sim, eu sei que SÓ DEPENDE DE MIM.

Quem se junta a mim? Aceito sugestões para as regras que decretei para o desafio.

10/05/11

Primavera é

eu a conduzir o meu lindo carro, com os meus belos óculos de sol, numa estrada perdida no meio dos campos verdejantes, sentir uma brisa fresquinha na tromba e de repente pensar: mas porque raio é que eu não sou magra?

a primavera seria perfeita